03 abril 2007

Um pouco de cansaço físico, talvez mental, tb.

Depois do último dia de despedidas, com direito a churrasco, piscina, crianças, cerveja, baralho, vó, chuva, cerveja, amigos, abraços, suor, rendevous, copos quebrados em cima do chinelo, um menino que acabou de levar uma surra esperando a ambulância, entrada na neo, pulperismo, delírios de um anormal, abraços de amigos e palavras sinceras, telefonemas as 5:30 da manhã para o aeroporto, uma ducha, uma água quente (que veio com gás) um quiche de frango (que veio de bacon), no aeroporto.... eu fiz o meu check in.

Confesso que a ansiedade do dia anterior já tinha me deixado o desejo de alterar o horário da minha passagem, mas convencida de que, com a confusão dos aeroportos o meio mais seguro de embarcar sem atrasos era pegar o primeiro vôo....... ó esperança.

"sim, a aeronave encontrasse já no pátio"

ok, delícia! pai, mãe, beijos e abraços, sem muito tempo para ouvir críticas por não ter dormido ^pô mãe, sô jovem..." poderia dizer a rita. sentei na sala de embarque que já tinha mudado do portão 8 para o 6 e a minha mão já meio que doia de segurar o peso do computador e do HD EXTERRRNO (diria luiz), enfim enviei umas últimas msg de tchau do celular e me sentei e segurava mal e mal os olhos, acordava com o barulho dos blim blim.. informamos que o vôo 18.... minha atenção só se prendia quando o vôo era 1421.... mas enfim devo ter cochilado uma meia hora ou um pouco menos e acordei meio no susto.

Minha cabeça doia, eram 8:30, levantei, carregando o peso do computador, que com o cansaço parece maior, e fui me informar. lá estava o avião da Gol estacionado em frente ao portão de embarque, porém não tínhamos tribulação. desculpa essa nunca ouvida, alegavam muitos passageiros já crescendo a crina, lembrava de uma das conversas da noite anterior em que concordava com a operação padrão dos controladores de vôo pela a nossa própria segurança, ou pela a minha própria segurança, de que eu vou fazer menos olhinhos e bater menos as pernas de nervoso dentro do avião.

Imaginei que a tripulação deveria chegar em um võo que nao teria ainda chego, lá pelas tantas o coitado do funcionário da gol que não tem a mínima culpa de nada, mas escuta todos os desaforos, conta que as 9:28 aterissa um võo do Rio cuja tripulação pegaria o nosso võo, portando deveríamos embarcar as 9:40.....

Saí da sala de embarque em busca de um tylenol.... aproveitei e comprei a pílula, procurei um telefone público, (a bateria do celular tinha morrido depois de tantas remarcações de locais para o chopp de despedida- incrível como coisas ficam fechadas no sábado a noite em porto alegre.... bem vinda a são paulo)

diga seu nome e a cidade de onde está falando

mãe, qual o telefone da tia?

tia, chego tipo 11:30, qual o endereço? tu me busca? no estacionamento? ok. combinado

Nuvens fechadas, avião semi novo. MEDO, enfim não posso evitar e tipo já nem vale mais apena falar muito, a tática de não dormir funciona um pouco, funcionou na erupoa um pouco. mas sempre faço olhinhos, bato as pernas, brinco com os dedos e penso em chamar alguém para conversar, ou fazer perguntas idiotas aos comissários, então entre cochiladas e olhadelas nos relógios dos outros é já 11:20 e estamos prestes a aterrisar.

O avião põe as rodas no chão e eu dou um último suspiro de alívio e rezo um último pai nosso, mais por vício e descarga de surto de medo que qualquer outra coisa, enfim cá estou.

Pego um onibuzinho com personagens do comercial do santander, pego as malas, ligo para tia e vou espera-lá na saída do estacionamento. 12.30 estou dentro do carro comendo um pãozinho fresquinho de padocas que só são paulo tem e só madrinhas se dão ao trabalho de comprar antes de te buscar no aeroporto.

A tia tb tinha ido dormir tarde, ficou no tango até as 3 da manhã e deve ter dormido umas 4, então ela adorou a minha idéia de dormir a tarde. Comemos um lanche, cacetinho com frios cortados a pouco, manteiga, e água de coco. E ressaca é o que mesmo?

Fui para o meu belíssimo quarto branco, bem instalado com um travesseiro e um colchão ótimo, escuto alguns gritos por causa do jogo do são paulo, mas nada que os meus incríveis tapa ouvidos não funcionem. Durmo. Acordo com o telefonema do sapo dando boas vindas, explico que estou podre e não vou participar dos eventos churrastísticos do domingo. Durmo.

As 16:30 acordo e descubro a hora que bate sol direto no quarto, vou para sala ligo a televisão e tento decorar alguns canais da net. Pego a folha de são paulo (adorow), mas mal consigo ler, durmo no sofá com o ventinho da sacada e o barulho da tv.

Acordo novamente, tipo 18:30 agora o sol mais baixo abro as cortinas para o vento entrar melhor, desfaço as minhas duas malas, 1 de roupa e outra de necessarie..... nem eu saibia que usava tantos cremes, gotinhas, shampoos, sabonetes para rosto, perfumes e coisas do gênero, mas tudo meu.

A tia tb acordou e saiu para comprar no super uma comidinha, consigo acessar um pouco a internet, roubando um wireless de alguma vizinha. nada no email. mas consigo trocar meia palavra com a minha irmã antes que o wireless não funcione mais (alguém sabe se a pessoa fica sabendo que tem mais alguém usando?)

Comemos, bife, salada e pirê de mandioquinha, adorow. zappeando os canais, agora sim dou uma bela folhada na folha, combinamos de buscar o carro amanhã.

Falo com a ale (na real isso foi antes da janta.... a ordem dos fatores, nem sempre, altera o resultado) falo com a lê combinamos para depois das 16hrs de segunda.

Um pouco de harry potter, um pouco de fantástico, um pouco de CSI, e decido ir para o quarto e cá estou eu contando um pouco. E tudo isso começou pois eu comecei a pensar o que eu estaria fazendo se estivesse em porto alegre? provavelmente tomando um mate na casa de alguém ou assitindo um filme, o engraçado foi pensar que se fosse em porto alegre eu dificilmente estaria em casa vendo tv. Pensei nisso, que vou me acostumar um pouco mais a ficar sozinha, mas é muito cedo para dizer como vai funcionar a minha vida aqui, por mais que estejam aí muitos grandes amigos, é tudo tão longe, isso foi sempre o que me assustou em são paulo o transito e a "lonjura" das coisas... mas acho que é questão de hábito.

As vezes parece que é tudo um desafio pessoal, algo do tipo, vou pagar para ver se consigo, para provar para mim mesmo, tenho que parar com isso.... e simplesmente deixar as coisas acontecerem na medida que vou atrás dos objetivos que tracei para mim nesse tempo que será a minha vida em sampa.

Sejam bem vindos a uma nova vida, que sente falta de todos que estão por POA, já assim... com menos de 24hrs de saída.

Beijão

Um comentário:

the writer disse...

adorei a 'lonjura' das cousas... hahahahha. adorow, como tu diz. vai dar tudo certo, eh soh nao criar muita expectativa e deixar rolar. faz o teu melhor e te diverte. nao te critica o tempo todo. sp eh demais e o teu tempo aih vai ser excelente. pode cre. muitos beijos.